A EDUCAÇÃO SEXUAL PATRIARCAL E SUA INFLUÊNCIA NA OBJETIFICAÇÃO DA MULHER E NORMALIZAÇÃO DA CULTURA DO ESTUPRO: UMA PERSPECTIVA BOURDIESIANA SOBRE O PROBLEMA
Resumo
Este estudo buscou analisar em que medida a educação sexual patriarcal influencia na objetificação da mulher e normaliza a cultura do estupro. Para tanto, seu percurso metodológico baseou-se em princípios explicativos e bibliográficos de pesquisa, utilizando como instrumento de coleta de informações obras de autores da sociologia, história, direito, relatórios de dados, notícias e artigos científicos sobre a situação de violência em análise. Todo o estudo foi conduzido sob a ótica bourdiesiana, mais precisamente, aplicando as ferramentas de pensar do autor (Habitus, Campo e Capital) como forma de desvendar os mecanismos sociais que fundamentam a cultura do estupro. Analisou-se o tempo de existência do patriarcado, bem como a forma pela qual ele se insere na semiologia que constitui a vida social e a visão dos agentes sociais. Após entender o processo histórico-sociológico da instauração do patriarcado, os olhos da pesquisa se voltaram para a situação de violência sexual no Brasil, trazendo dados sobre o número de casos, vítimas, locais de ocorrência e perfil do estuprador. Também se analisou a influência da cultura do estupro no âmbito jurídico, os efeitos da falta de educação sexual no âmbito escolar e como o acesso a pornografia se aplica como educação sexual nesse contexto. Por fim, entendeu-se que uma educação sexual emancipatória e pluri normativa pode assumir uma forma de combate perante a essa problemática.
Palavras-chave: Cultura do estupro. Patriarcado, Dominação masculina. Violência de gênero. Educação sexual.
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